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Projeto
Fundação Luís Eduardo Magalhães FLEM
Depois de dois anos de contrato, beneficiários se despedem do Programa Primeiro Emprego

Técnicos que há dois anos foram admitidos pelo Programa Primeiro Emprego, do Governo do Estado, participaram do Encontro de Encerramento de Contrato, na última terça-feira (9), no auditório da Fundação Luís Eduardo Magalhães, em Amaralina.

Cerca de 60 beneficiários, que estão em processo de desligamento, puderam contar suas experiências, aprendizagens e contribuições durante o período em que trabalharam nos órgãos para onde foram direcionados. A maioria dos beneficiários aproveitou a oportunidade para investir em aprendizado e melhoria de vida.

A técnica Lizandra Silva, 21 anos, bacharel em Direito, colaboradora no Colégio Quinze de Novembro, no bairro São Cristovão, em Salvador, com o dinheiro que recebeu, conseguiu construir uma casa. “Eu juntei um ano de salário e fiz minha casa em cima da casa de minha mãe. Queria independência e espaço para estudar. Agora, com o dinheiro da rescisão, quero comprar meus móveis”, afirmou Lizandra.

A experiência adquirida nos dois anos de contrato também foi importante para Andressa Maciel, 20 anos, técnica em logística, que trabalhou na zona rural de Simões Filho, no Colégio Estadual Luís Viana Filho. Mesmo com a dificuldade na locomoção para chegar ao trabalho, ela afirmou que aprendeu muito e que vai sentir falta dos colegas de trabalho. “Aprendi muito e já sinto saudades. O pessoal lá disse que está triste porque eu estou saindo. Eles esperam que o pessoal do primeiro emprego mande uma pessoa que nem eu”. Com o salário que recebia, Andressa também investiu na sua capacitação. Concluiu o curso de inglês, um dos seis idiomas que pretende aprender.

Para Andressa, a assistência da Flem foi o apoio principal para o seu ingresso no mercado de trabalho. “Foram dois anos aprendendo com a Flem e eu só tenho coisas boas pra falar porque até então em tudo que precisei sempre me ajudaram; eu acho que essa foi uma oportunidade incrível, porque já é difícil conseguir entrar no mercado de trabalho e ainda mais quando a gente não tem experiência, essa foi uma oportunidade maravilhosa”.

O músico André Gustavo, 44 anos, já trabalhou em outras empresas, inclusive por 10 anos com a cantora Nara Costa, conhecida na Bahia como idealizadora do arrocha, mas com a carteira assinada foi a primeira vez. Técnico no Museu de Arte da Bahia (MAB), o guitarrista e violonista se encantou com o espaço e aproveitou para aprimorar seus conhecimentos com a arte. “Desde os 17 anos eu curto arte e trabalhar aqui me acrescentou muito, porque arte é prazer”, disse. Com o salário, André ajudou nas despesas de casa, no sustento das duas filhas (3 e 6 anos) e da esposa, que está desempregada.

Desde 2016, o Programa Primeiro Emprego, por meio da Fundação Luís Eduardo Magalhães, já contratou 4.197 jovens. Por terem completado dois anos, 1.012 técnicos já foram desligados.